terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Diz o deputado Ronaldo Zulke:

Para que mesmo serviu o depoimento de Cleonir Bassani, ex-presidente interino do Detran nos últimos quatro meses do governo Antônio Britto? Primeiro a ser ouvido pela comissão de inquérito, o vereador do PSDB de Novo Hamburgo não disse absolutamente nada sobre o foco central das investigações, que é o desvio de mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos, como foi apurado pela Operação Rodin, da Polícia Federal. Para elucidar as atuais denúncias, o depoimento foi inócuo. Não serviu também para explicar as distorções que marcam a atual formatação do Detran, já que o depoente afirmou que não teve nenhuma responsabilidade sobre o modelo implantado e nem pelas decisões tomadas.

Engana-se, no entanto, quem pensa que a oitiva não serviu para nada. Cumpriu papel importante para os setores que querem evitar que as investigações se aproximem do recente escândalo que abalou o Detran. Aliás, estes mesmos setores resistem fortemente em chamar os já indiciados pela Polícia Federal para prestar depoimentos na CPI. Depois de muita pressão, admitem a convocação do coordenador da campanha da governadora Yeda, Lair Ferst; do ex-presidente do Detran, Flávio Vaz Neto; e o ex-diretor técnico da CEEE no atual governo, Antônio Dorneu Maciel. Mas, se valesse a proposta deles, só no final da CPI e – me atrevo a pensar – se sobrasse tempo.

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