quinta-feira, 27 de março de 2008

Entre Freud e a fraude


O mecanismo na negação é um dos mais estudados na psicanálise. A bancada do PSDB deve estar sofrendo deste mal. A nota distribuída ontem pelo partido carece de qualquer elo com a realidade. Os deputados tucanos afirmam que a oposição está forçando um vínculo inexistente entre os acusados pela fraude no Detran e o PSDB, partidarizando a CPI.

Bem, não foi a oposição quem indiciou o ex-coordenador da bancada do PSDB na Assembléia e coordenador da campanha de Yeda Crusius ao governo estadual. Foi a Polícia Federal, amparada em investigação do Ministério Público, que apontou Lair Ferst como uma das principais pontas do esquema criminoso que utilizou o Detran para desviar dinheiro público.

Também não foi a oposição que revelou o interesse de Delson Martini, secretário-geral do governo Yeda, em preservar o contrato das empresas de Ferst com a Fatec. Quem disse isto foi o próprio ex-presidente do Detran, Flavio Vaz Netto, que admitiu na CPI ter tratado deste assunto com Martini.

Também não foi a oposição que fabricou a ligação de Chico Fraga, secretário de governo da prefeitura de Canoas, com o PSDB. O chefe de Fraga, Marcos Ronchetti, prefeito de Canoas, é do PSDB.

Se Freud não explica o processo de negação, só a fraude pode explicar.

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