quinta-feira, 19 de junho de 2008

Governo melancólico


Das quatro testemunhas chamadas para depor logo mais às 18h, quando a CPI do Detran realiza sua última audiência para ouvir implicados na fraude na autaquia, apenas Rosana Ferst, irmã de Lair Ferst, deve comparecer. Os outros três - Elci e Cenira Ferst, também irmãs de Lair, e Marcelo Cavalcanti, ex-chefe do escritório político do governo em Brasília, não devem aparecer na Assembléia.

Isto não significa, entretanto, que a CPI esteja encerrando de forma melancólica, como afirmou hoje a colunista Rosane de Oliveira. Melancólico, sim, é uma governadora que prefere se omitir do que combater um esquema que assaltou os cofres públicos em R$ 44 milhões, garantindo propinas milionárias para agentes públicos. Melancólico também é o comportamento do PSDB, que resolveu incriminar um servidor da segurança cedido ao PT e absolver quem foi flagrado com a boca na botija. Melancólica ainda é a afirmação do novo chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que prometeu fidelidade absoluta à governadora.

Ou seja, se precisar esconder alguma irregularidade para não melindrar o governo, tudo indica que o ex-prefeito de Santa Cruz não irá vacilar.

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