O chopinho com peixe frito que engasgou o governo Yeda não foi um encontro casual entre um dos secretários mais importantes do Estado, Ariosto Culau, e o maior beneficiário da fraude do Detran, Lair Ferst. Foi, isto sim, mais uma evidência de que o governo Yeda vem sendo muito pressionado pelos suspeitos do maior escândalo de corrupção da história gaúcha. Senão, vejamos: Flávio Vaz Netto manda e-mail (e faz ele chegar à Zero Hora) ao secretário geral do governo, Delson Martini, exigindo uma audiência sob a ameaça de que, se ela não acontecer, voltará espontaneamente à CPI. Isto é chantagem!
Na tentativa de aliviar a pressão, a própria governadora Yeda oferece-se para receber Vaz Netto e ele esnoba a oferta dizendo que sua conversa não é com ela, mas com Martini. Interessante notar que, no e-mail, Vaz Netto diz que tem interesses comuns e de governo a tratar com Martini. Que assuntos? Martini tem o dever de comparecer à CPI para esclarecer estas ligações perigosíssimas.
Mas o que o chope tem a ver com isso? Acontece que Lair estava fazendo, nos bastidores, o mesmo que Vaz Netto fez de público, ou seja, chantagear o governo. Todo mundo já sabe que as empresas laranjas de Lair foram escanteadas do esquema/Detran no momento em que o governo trocou a Fatec pela Fundae. Agora, justamente no momento em que o governo encerra o contrato com a Fundae (o que provavelmente era uma das exigências que Lair vinha fazendo ao governo), o mesmo secretário que toma a decisão, toma também um chope com Lair.
Para o deputado Elvino Bohn Gass, "se o chope foi suficiente para derrubar Culau, o email de Vaz Netto é mais do que suficiente para romper a blindagem sobre Martini."
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Chope, queda, e-mail e blindagem
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